11 dezembro 2006

Súbito

1

e na terra a testa tomba
de súbito chifre de chumbo


2

e a terra, invadida, preme encantos
para o ar formigado
abotoando olhos
e abrindo chumbo nas testas


3

e na terra a testa tomba...

2 comentários:

Victor Paes disse...
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Anderson Fonseca disse...

tive a impressão de ser uma bomba, mas muito mais de uma queda humana, embora não se saiba a que sentido se referea arelação entre as palavras "testa" e "terra" é muito interessante, confessou que meio averso a poesia minimmalista presente no meio poético atual, mas tenho que reconhecer contra minhas exigencias pessoais provindas de um hábito pessoal de leitura que a sua poesia tem uma construção muito ímpar eu diria, ela se distingue das que conheço tem algo de peculiar que me chama a atenção, neste por exemplo lembra-me um ar de guerra, "ar formigado" posso estar errado, mas arrisco-me dá-me a impressão de ambiente atordoado pelas explosões de guerra, de certo modo uma critca sutil, com simbolos de espécie curta e embaraçosos ao leitor, muito interessante. Aproveito para comentar outro, mas isto é em breve, rsrs. quem escreve é Anderson F. que esta lhe entrevistando para arevista armadilha poetica. Parabens!