13 fevereiro 2008

..................cenário: dança de padres de ardósia
..................movimento: dois muros
..................em dois graus entre si
..................– no inverno um bicho
..................não entende o chão
..................e se recolhe nos galhos

1
(farsa)

planta: um cemitério e seu alarde de flores
– é necessário um narrador mais infantil
e o ar amarelo se precipita em fubá

.........................................................................................2
............................................................................(da capo)

.......................................................de repente um sentido:
...................................................um mágico tira da cartola
................................................................um coelho morto

Um comentário:

Anderson Fonseca disse...

Se eu fosse denominar parte de sua poesia eu a chamaria de poesia lorcaniana minimalista, rsrsr, sim, veja bem, a maneira em que construiu estas imagens, que se dialogam entre o cenário e a farsa alegando um final mórbido é de uma beleza singular, chamativa, que me deixa muito intrigado com a alusão em torno deste poema, ms isto não me preocupa, porque há um encanto infantil e surreal,que se confunde em minhamente entre a construção de salvador dali com magritte, o que haverá de surrealismo? a questão deixa em vago, é melhor focar a imagem que evoca, uma imagem de sensação incosnciente, de espantar e entreter. Aqui termino minha análise, como já disse em outro comentário há uma diferença entre a poética atribuida como minimalista de certos poetas com a sua, arrisco-me segundo minha intuição que vc é muito melhor, parabenizo novamente!